O nome é uma versão latinizada do grego
antigo Ακακαλλίς (Akakallis). Acacalis ou Acacálide era uma ninfa que era
amante do deus Apolo.
As
espécies deste gênero são normalmente epífitas de hábito escandente.
Desenvolvem-se em florestas com altas temperaturas e um grado de umidade muito
elevado nas áreas mais alagadiças e nas vàzeras dor rios. Na natureza
encontram-se debaixo da copa florestal, na umidade da parte baixa, protegidas
da luz solar direta.
São plantas de porte médio, com longuíssimo
rizoma que se estende entre as árvores e arbustos podendo chegar a vários
metros de comprimento, recoberto por espaçadas brácteas imbricadas e dísticas.
Seus pseudobulbos são alongados e pequenos, fusiformes ligeiramente
comprimidos, rugosos, revestidos de folhinhas basais que caem com o tempo,
possuem em regra uma folha, raro até três, grandes, lanceoladas, pecioladas,
herbáceas e fortemente nervuradas, com pecíolos curtos. As raízes nascem dos
nós do rizoma, sob os pseudobulbos.
Das bainhas que protegem a base dos
pseudobulbos emerge a inflorescência, ascendente, racemosa, com 30 cm de
comprimento, desenvolvendo-se ereta para logo se arquear que comporta de quatro
a doze flores grandes, de cores claras, brancas, azuis ou lilases. Pétalas
orbiculares na maioria dos exemplares, e sépalas elípticas, ambas algo
côncavas. O labelo, de cor contrastante, mais avermelhado, é inserido na base
da aurícula da coluna, unguiculado, trilobado, sendo que os lobos laterais são
pequenos e a central ampla e côncava, de margens franjadas ou fimbriadas,
ornado de alto calo transversal serrilhado. Coluna delgada, arcada e curta, com
duas aurículas largas na extremidade e antera contendo com quatro
políniasceróides.
Florescem desde finais do inverno até
princípios do verão. A cor pode variar desde branco a púrpura e rosada sendo
mais comuns os tons azulados pelos quais são tão conhecidas.
Muitos subordinam estas espécies ao gênero
Aganísia, porém delas se apartam pela estrutura do labelo, que nas Acacallis
apresenta base larga, estreitando-se abruptamente em istmo, e novamente
alargando-se muito, contendo ainda intrincada calosidade verruciforme, a qual
deve ser observada para facilitar a correta identificação das diferentes
espécies.
Devido à necessidade de proporcionar extrema
umidade e calor constantes ao longo do ano, sua cultura é dificílima nos
estados do sul do Brasil, somente sendo possível em estufas.
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